segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Aspecto visceral de período conturbado

Raciocínio avulso
No impulso
Sem insulto
Longe de cortar os pulsos
Onde flui o líquido vermelho
Que irriga a alma
E os anseios
Com calma
Ou inquieto
Desejos incertos
Não sou inseto
Tenho méritos
Causo incêndios
Pra quebrar o tédio
Leio as entrelinhas
Sublinho estrelas
Forjo rotina
Pra estar com ela
Gravo na retina
Nada me incrimina
Dilato a pupila
Moldo com argila
Sou o contato
Mantenho o elo
O próximo ato
Sem esconder os erros
Disposto a tudo
Pulo o muro
Calibro a mira
Tenho esmero
Vivo ao acaso
Perco o compasso
Não sou do círculo
Não tenho vínculo
Em tom de protesto
Uso pretextos
Causo efeito
Enfeite perfeito
Nada de presságios
Um pouco prendado
Inimigos imaginários
Rolando os dados
No meu calvário
Nesse jogo de otários
Muito bem observados
--

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Não nasci colado
Sequer magnético
As vezes antipático
Mas nunca antiético

Solidão a favor
Dos insights
Controlo o pavor
Distante das nights

Corro contra o vento
Revigoro o talento
Individualizo minha aptidão
Pra não ouvir sermão

--

domingo, 16 de dezembro de 2012

Fico a vontade
Dentro da minha galáxia
Não faço alarde

Sei sobre os dossiês
Que extinguem falácias
Mas nos deixam a mercê

Noutras situações específicas
Aquela asfixia
Não teriam relevância

Sublinho palavras de efeito
Com ousadia
Sabendo que não serei eleito

Introduzo algo nocivo
Sobre minha dislexia
Pra explicar meu lado dispersivo

Abro portas e me sobressaio
Por conta da poesia
Não faço ensaios

Interpreto myself
Com autonomia
Já tenho o que me serve

--

sábado, 15 de dezembro de 2012

Realidade disponível

Tantos solavancos
Nessa nave
Que estamos velejando
observando aves

Flutuação necessária
Nas entrelinhas precárias
Com notas antiquadas
Sempre rasuradas

Tendo desafios
Supérfluos
Usando a soberba
Nesse oba-oba

Sempre teatral
De falsa convivência
Sem onipresença
Lição literal

Monstro do bem
Que vem do além
Que só existe
Por conta dos incidentes

Sem remetente
Carta violada
Conteúdo impróprio
Pecaminoso negócio

O tempo não paralisa
Exceto nas outras linhas
Nas encruzilhadas
E na mente entediada

--

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Inesperado

Um belo desfecho
Com muita solidez
É o que almejo
De uma só vez

Distúrbios sob controle
Auxílio no criado-mudo
Espero que perdure
Meu novo mundo

Estratégia definida
Vou indo nessa
Pode ser só de ida
Mesmo sem pressa

Resgate da alma
Selvagem obstáculo
Mantenho a calma
Não tenho tentáculos

Percalço previsível
Conheço minhas fraquezas
Me faço de invisível
Aprimorando minha destreza

--

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Recalque

Nasceram em berço de ouro
Hoje reclamam da ascensão do povo
A elite agora da vexame
Sem argumentos no palanque

Se acham engajados
Mas só aceitam um lado
Se entendessem de política
Não viveriam de farsas e mentiras

Por conta do desespero
Dão ouvidos a bandidos
Se fossem mais coesos
Não estariam tão esquecidos

--

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Canhoto

Direita estúpida
E recalcada
Passado esculpido
Por desgraças

Imagem desgastada
Envelhecida
Bando de magnatas
Com rei na barriga

Enganaram o povo
Mas demos o troco
Agora engole seco
Somos o lado esquerdo

--

Destroços intactos perfeitamente defeituosos

Semeio essa terra estéril
Não me vejo mais tão imundo
Cansado desse guerra difícil
Me expondo a cada segundo

Escolho o lado do coração
Uso minha impulsão
Posso enxergar o avesso
Deixo de lado o desespero

Conheço boas maneiras
Escondo minha olheiras
Dou um passo e tudo muda
Parado meu mundo surta

Agito novos projetos
Disfarço meus dejetos
Relembro que estou falido
Mas tenho o ego inflado

--

sábado, 8 de dezembro de 2012

Não sou fácil
Nem difícil
Sou um lapso
De sacrifícios

Quando oro
Para o que acredito
Me revigoro
E tenho dito

Se invisto
Em novas modas
Insisto
Na moeda de troca

Minha perspicácia
Dotada de relevância
Mostra meu caráter
Para me suster

--

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Oscar Niemeyer





"É que infelizmente falta conhecimento político ao nosso povo para decidir coisas dessa natureza. Sempre reclamamos não serem levados à juventude os problemas da vida e do ser humano, cuja compreensão deve fazer parte de sua formação. Cada um sai da escola apenas interessado nos problemas de sua profissão."




"A Vida É Um Sopro" (2007), um documentário dirigido por Fabiano Maciel




"A situação se faz tão difícil e degradada que um dia só a revolução resolverá os nossos problemas. Quando houve a eleição do Lula, declarei que meus candidatos seriam ou João Pedro Stedile, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), ou Leonel Brizola, ex governador do Rio de Janeiro. Esses homens são de luta. Lula é um ex-operário, cheio de ânimo, mas nunca foi comunista. Seu projeto era melhorar o capitalismo, o que é um objetivo impossível, a meu ver. Minha posição é que precisamos de um presidente que tenha a força de virar a mesa e realizar mudanças radicais, como Castro e Chávez."


Oscar Niemeyer: Presente! (MST)





"Sou comunista, nunca achei que tivesse acabado. É uma ideia justa, estou velho demais para mudar de ideia. O que ocorreu na União Soviética em 70 anos foi uma evolução fantástica. Transformaram um país de mujiques em potência mundial. Eles foram à Lua, ajudaram todos os povos em libertação. Apoiaram todos os partidos políticos. Impediram que Cuba fosse invadida. Eles não se preocuparam economicamente, e a coisa falhou."



Roda Viva 12/07/1997



terça-feira, 4 de dezembro de 2012

A poesia competitiva

Já que não sou mestre
De nenhuma obra completa
Me identifico com a lebre
Nem sempre tenho meta

Não é falsa modéstia

Tempestade de ideias brifadas
Nas mesas
Por meses
Em bares
Com seres
Bons de briga
Que você admira
Minha cara amiga

Minha mira caolha
Envelhecida
Em barris de Carvalho
Sobrenome de um tal heterônimo
Inventado pra disfarçar o gosto do alho

Com ímpeto
Interplanetário
Para temperar
O universo
Com versos
Convenço
Converso
Jogando conversa fora

De órbita
Fratura exposta

No vácuo
Ordem do oráculo

Infinito decreto
Nada de soneto

Estimulado pela relevância
Da sua companhia
A distância

Que concorre por um punhado
Do que é louvado
Onde a distinta estirpe
É sua grife

Fora de moda
Sem nome mundo afora
Seu sangue magenta
Com pimenta

Na ferida aberta
Na hora certa
Que cicatriza com linha
Geométrica
Decrépita
Indigesta

Pensamento inchado
Dossiê montado

Destilado
Dia e noite
Decapitado

--

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Virei uma página
Que ninguém imagina
Deixei para trás a lástima
Gravada na minha retina

Olhei para o Sul
Ao norte carreira solo
Misturo punk and blue
E naturalmente gozo

Senti seu afago
Ainda estou meio amargo
Tive uma melhor impressão
De como tomar uma decisão

Gasto novas palavras
Vasto vocabulário medíocre
Enquanto me calava
Despertando mesmices

Claro que serei tolhido
Inclusive pelos banidos
As vezes um duotone resolve
Outras só uma bala de revolver

--

sábado, 1 de dezembro de 2012

Poema astuto

Que a revolução venha da palavra
O atrito físico é desnecessário
Gaste sua energia com sua amada
Ou saia logo desse armário

Claro que sou a favor da luta
Não sou fã desses filhos da censura

Liderar até que faz sentido
Mas não somos rebanho
Julgam como você está vestido
E destroem seus sonhos

Minha vocação
Nunca foi de patrão

Nunca respeitei tiranos
Que agem por baixo dos panos

Nunca vi uma guerra que fizesse sentido
Exceto quando as vítimas são oprimidas

--

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Hoje, ontem e amanhã

O mundo pra mim hoje está mais claro do que nunca, e muito mais complexo. Está muito vivo na minha memória a guerra entre os Comandos em Ação e os Cobras no quintal lá de casa. O bem continuou a triunfar sobre o mal nos happy end de Hollywood, recorrendo a super hérois ou não. Mas vieram os filmes de conspiração onde entidades do bem na verdade eram muito más. Desde então fiquei com a pulga atrás da orelha. Os filmes “cult” e as músicas hippies (Caetano, Chico, Dylan, Stones...) do meu pai me distraiam do destino de consciência padrão.

Na escola, a História me fascinava. Talvez por me criar mais dúvidas do que certezas. Afinal, como é possível saber do que ocorreu antes de existir a escrita ou o gravador? Não existe regra de três para provar o que estava escrito... Na verdade a escola é que se limitava aí. Geografia foi um prefácio para o meu interesse por geopolítica.

Serviço secreto de inteligência dos governos e agências de comunicação conspiram em favor de corporações em troca de dinheiro e poder, corrompendo e chantageando políticos e lideranças. Os investidores financiam empresas para obter lucro, explorando trabalhadores e assimilando a concorrência. É preciso muita atenção. Os inimigos se camuflam e seus espiões lhe dão bom dia, e quem sabe, boa noite.

A população vive com medo em suas prisões particulares. As crianças aprendem a violência e a sexualidade cada vez mais cedo. Os adolescentes procuram entretenimento e drogas baratas para não encarar o desafio no jogo da vida. Os mais velhos vivem com medo da violência, do desemprego, por si e pelos seus.

Somos todos consumidores e mão de obra barata quando podemos ser (pelo menos) cidadãos. As informações estão por aí. É preciso paciência para não pescar uma bota ou um pneu furado nesse mar poluído. Aprendi que com as impurezas a ostra produz uma pérola.

O tempo vai passando, a escola acaba e agora não é mais sua mãe quem te sustenta. Ontem tinha uma família pra cuidar de você. Hoje você tem uma família pra cuidar. A vida é doce, mas não é mole, como a rapadura.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Hora de controlar a mente
Pro corpo suportar a dor
Bola sempre pra frente
Não é nenhum filme de terror

Escrever até alivia
Não sou criativo todo dia
Depois que voltar do transe
Espero te ver em êxtase

--

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Depois de driblar o medo
Que senti no avesso
Me conheci por fora
Isso me revigora

Um belo chute no balde
Sem minhas inconfundíveis botas
Não há nada que me salve
No fundo, pouco importa

--
É só um período difícil
Nem todo dia nasce bonito
Não sei se vale o sacrifício
Só sei que não vou ser omisso

A lua sempre volta
Ninguém precisou prende-lá numa gaiola
As vezes a chamo de sol
Enquanto procuro saber quem sou
--

domingo, 25 de novembro de 2012

Dani-se minhas tentativas frustradas
Meu singelo camarada
A vida tá escorrendo como rio
Desde o início dos meus vícios

Sabe aquele dia indigesto
Que vencer era inesperado
Eu juntei os dejetos
E resolvi o que estava errado

--

Nova bossa de fatos

Saudade de um grande amigo
Um ombro se preparando pros pinos
Uma luta de rounds infinitos
Alguns laços rompidos

Um trabalho não concluído
Não sei cantar algumas partes do hino
Uma cobra no caminho
As vezes sou tratado como menino

Comendo patinho moído
Sem medo de ser corrompido
Não tenho mais o nariz entupido
Sempre sendo instintivo

--

sábado, 24 de novembro de 2012

Nesse precipício em chamas
Desviando dos asteróides
E dos excessos de gana
Uma hora tudo se explode

Voando sem paraquedas
Não ouço o que você berra
Ao menos temos o texto pronto
Não leve a sério tudo que questiono

--

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Instante

Contenho minha indignação
Por um revelador instante
Para seguir adiante
E me lotar de emoção

Observo esse momento
Absorvo novos elementos
Suspiro, reflito e sigo
Dentro do que investigo

Meu poder realiza-se ilimitado
E posso tornar todo o tempo
Num espaço delicado
Então finalmente me concentro

Não estou mais a mercê
Já sei o que posso antever
Restabeleço as conecções
Me preparo para reabrir os portões

Vejo que existem janelas
Algumas infelizmente decrépitas
Olha para uma vista singela
Vejo pessoas adeptas

Percebo que não estou só
Surgem os laços
Desfazem-se os nós
Conquistamos novos passos

A beleza da alma se subverte
O corpo enriquece
Ocupamos o mesmo lugar no espaço
Somos feitos de aço

Agora indestrutíveis
Como alimentos não perecíveis
Estamos no centro do planeta
Não aceitamos gorjeta

Calibramos os punhos
Finalizamos os rascunhos
Construímos obras de arte
Sem fazer muito alarde

Estamos imunes
Melhores do que nunca
Nada mais nos ilude
Acabou a bagunça

--

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Meses de retrocesso
Sempre em abstinência
No meio do processo
Nem tudo é uma urgência

Tão inconstante
Como um mal contato
De agora em diante
Não perco o primeiro ato

--

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

O golpe da gota estrondosa

Quando as águas
Retrocederem
Minha magoa
Irá pro além

Tanta ressalva
Vidas prosperas
Prometo manter a calma
E até ouvir ópera

Desenganado
Com os pontos de vista
Tentem alerta-los
Deixando pistas

Um passo atrás
Em busca de sossego
Prometo nunca mais
Me fazer de cego.

--

2km de ideias

Corro
Oxigeno a mente
Adorno o corpo
Fujo das serpentes
Acelero
Penso no que quero
Quebro barreiras
Não curto esteira
Transpiro
Abro os poros
Saio da inércia
Com novas ideias.
--

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Nem todo desastre é natural.
A natureza-morta é do artista.
Há pessoas naturalmente desastradas.
O ser humano é um desastre natural.
A minha natureza de artista me mata.
A arte é imortal.

--

sábado, 10 de novembro de 2012

Eu cobro
Sem dó
Nos escombros
No meio dos nós

Sou cobra
Mimada
Mãos a obra
Guinada.

--
Quantas perdas
Que coincidência
Você não é mais a mesma
Por penitência?

Evolua!
Esteja feliz, nua
Que se dane a lua
Não sou moleque de rua

--

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Haicais

Haicai rafa [1]

Se a persuasão não funciona,
A vida vira uma zona.
-

Haicai rafa [2]

Camaleônico,
Me mantenho irônico.
--

Haicai rafa [10]

Surpreenda o deselegante,
Com memória de elefante.
-

Haicai rafa [6]

Se há fendas,
Nas pedras,
Há perdas.
--

Haicai rafa [3]

Sem aura,
Nem o espírito salva.
--

Haicai rafa [4]

Quem casa com patrão,
Tem mais respeito que irmão.
--

Haicai rafa [5]

Alienou o filho,
E ajoelhou no milho.
--

Haicai rafa [7]

Pintou o sete,
Mestre.
--

Haicai rafa [8]

Sem motivos,
Sentimentos nocivos.
--

Haicai rafa [9]

O capitalismo,
É um abalo sísmico.
--

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Sempre revisito
Meus arquivos
Pra mante-los vivos
Mesmo se forem esquisitos

Eu futuco
Meu passado
Pra achar meu futuro
Insensato

--

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Uma multa
Pra gente avulsa
Que o peito não pulsa
E evita disputas

Que a mão não gela
E olho não treme
Nunca passou por mazelas
Não pega praia no leme

Sempre recalcado
Só usa a mão direita
Pra rimar com mal-amado
E acha cafona ser de esquerda.

--

sábado, 3 de novembro de 2012

Um dia após o outro
Eu reflito
No espelho dos outros
E procuro o infinito

Esqueço a sorte
Deixo de lado o óbvio
Faço um belo corte
Já não estou mais sóbrio
--

Repartição

Pensar que pobreza é incompetência é uma das maiores características do capitalismo.
Muito pertinente para um sistema que valoriza as disputas desonestas e as especulações que somente favorecem a centralização do poder.
Crises sucessivas são a prova de que esse sistema há um bom tempo já perdeu a mão, até porque (com o perdão do trocadilho) nunca teve tato.
Sou pró a informalidade e a autonomia. Sei bem a diferença de emprego e trabalho, mas isso é outro assunto.
A expressão "socializar" sempre me atraiu. Dispensa explicações.
Sempre que me peguei tendo mais do que precisava, vi que estava sendo coagido por um sistema que me "obriga" a ter muito, valorizar pouco e continuar infeliz em busca de sei lá o que.
Tenho mais (bem mais) de dez pares de tênis, dois pés e uma consciência pesada.
Não, não vou fazer voto de pobreza. Só estou atento. Me livrando dessa camada grossa de futilidades inúteis.
Eu sempre fui socialista. E sempre vou ser.
--

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Talvez não seja eu
Que dentro de mim
Sobreviva no breu
Ou nos confins

Tipo Fernando
Lotado de pessoas
Nem todos humanos
Nem tudo destoa

Virado do avesso
Me reconheço
Muitos acessos
Nada veio de berço.

--

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Que a alma corroa
E não seja atoa
O corpo insiste
Em viver sem limites

Ligamentos desfeitos
Não perdi meus trejeitos
A dor permanece
Se você não esquece

Fingir é um remédio
Para nosso demérito
Enquanto hesito
Tenho êxito

--

domingo, 28 de outubro de 2012

Ensaio a vida real
Por hora perco o foco
Me mantenho natural
Mesmo usando óculos

Dilacero a carne
Como um animal
Nem tudo é arte
Não sou imortal

Submundo afora
Jaja me encontro
Sei quem me adora
Não sou nenhum monstro
--

sábado, 27 de outubro de 2012

Ovo com jiló

No meu hábitat
Onde melhor interajo
Meu zelo se reparte
Em humildes relicários

Aqui nesse reduto
De chão impermeável
Registro viadutos
Sou sempre amigável

Levei um tombo
Tombo tão longo
Que parou o tempo
E meus pensamentos

Nesse estágio
Me lembrei dos plágios
Haja reflexão
Perdi a conexão

--

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Rima simples
Nada de enigmas da esfinge
Cada um tem o seu timbre
No papel, voz ou vitrine

De tão rebuscado
Ficou indelicado
Sem compreensão
Manifestou-se em vão.

--

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

O que é pior?
Hospital ou tribunal?
Ou seria o carnaval?
Melhor ser sazonal
Evitar o sal
Curtir sarau
Fugir numa nau
Fazer cara de mau
Me manter autoral
Comer arroz integral
Ser sideral
Não ser cara de pau
Pra ter seu aval
E coisa e tal.
--

domingo, 21 de outubro de 2012

Ora ora
Não me venha com o que é relativo
O tempo não existe
Foi inventado pelos oprimidos

Outrora
Quando o tempo passava
Ninguém percebia
Que era de fato quem te matava

Agora
Que não há mais tempo a perder
Ele foi reinventado
Pra nos manter separados.
--

sábado, 20 de outubro de 2012

Não perco tempo
Com as horas
Fico tenso
Quando fecham-se as portas

Sobrevivo o momento
Em vão as forras
Ao menos
Meu corpo acorda

--

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Autorretrato de heterônimo alheio

Se fez de ARROJADO
SUBJUGOU seus aliados
Agora se faz de VÍTIMA
Pra FUGIR das críticas

FRACASSOS aprimorados
De um FINAL lastimável
O IMPORTANTE ficou de lado
No caminho, IMÓVEL.
--

domingo, 7 de outubro de 2012

Raul

Um certo cheiro
De uma única cor
Num prato translúcido
Que por debaixo dos panos
Revela seus planos
Que não causa danos
Pois já estamos imunes
E orgulhosos do nosso
Grandioso fracasso
Que foi contra a lógica
Da coletividade única
Onde uma cabeça perturbada
"Pensa" (pensar) melhor que várias
De gente amordaçada
Que então descobre
Combater o mal
Pra não enlouquecer
E mesmo sem aval
Grita sem medo:
Vai se fuder!
--

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Clima

Não vai dar tempo
De terminar o texto
Esse tormento
Me torna suspeito

O que proponho
É o que não publico
Rima fácil com sonho
Creio que somos oblíquos

Sabe aquela vez
Que você não lembra
Era seu principal freguês
Recitando temas.

--

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Fato

Cansei de ser astuto
Pra que tanta eficácia?
Estou sempre de luto
Ficando fã de farmácia

Nessa minha passagem
Sinto não resolver tudo
Faltaram engrenagens
Pra explorar à fundo

Quem sabe outrora
Numa segunda vinda
Ela nos prestigie
E no final ainda brinde.

--

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Bicho do mato

Nunca fui mão de vaca.
Passei a vida engolindo sapos.
Cheguei a parecer um cão chupando manga.
Lidava com espíritos de porco.
Comecei a ter muitos grilos.
Era medo dos bodes expiatórios.
Uma dia, a vaca foi pro brejo.
Minha memória de elefante nunca vai me deixar esquecer.
À passos de formiga, vou me reconstruindo.
--

Os netinhos

Ser democrático (ou a capacidade de respeitar uma maioria que tem uma opinião contraria a sua) é difícil mesmo.

O mundo está mega-super-ultra-lotado de egoístas. O coronelismo pode até ter acabado (??), mas ainda temos os "netinhos" para disseminar o pensamento pequeno-burguês-da-bala-perdida-com-direção-certa.

Infelizmente (meu querido Nelson) nem toda unanimidade é burra. Há um grande grupo de pessoas simples (nunca confunda simples com menos) com acesso a informação sabendo que somos, sim, manipulados por uma mídia que compra notinhas e empresas que subornam governos.

Reconheça. Provavelmente, o único e legítimo imbecil da história é você (me incluo). Viva quem age coletivamente.
--

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Primavera

Depois do inverno
Não me procure
Precisei de você por perto
Não quero que me bajule

Sinto no ventre
Um frio constante
Éramos entes
Vacilamos bastante

Amigos amigos
Negócios perdidos
Estamos no ócio
Que vença o óbvio.

--

domingo, 16 de setembro de 2012

Acesso

Sou tipo old school
Sem medo do novo
Movido a álcool
Sempre pegando fogo

Estamos no mar
Navegando a mercê
No meu novo lar
Estou plugado em você

Tanta novidade
Você fazendo alarde
Conexão por ora Inativa
Confecção sempre efetiva
--

sábado, 15 de setembro de 2012

Território

Noutro tempo
Me fiz de completo
Agora entendo
Não estava repleto

Agora entendo
Estive ausente
Por outro lado
Senti falta dos entes

Quem sabe
Outrora responda
Menos alarde
Cansado dessa zona
-

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Descolado

O corpo prende
A alma transcende
Durante o sono
Ela não tem mais dono

Espirito alado
Sentido prorrogado
O chão se limita
Ao corpo que habita

--

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Desinteresse

De maneira torpe
Porém astuto
Resolvi que hoje
Vou ficar mudo

Obscenidade
Se salienta
Aqui nessa cidade
Que mal se sustenta

Viva o tolo
Sem medo do dolo
Escravizaram tudo (e todos)
Salvemos os desnudos.

--

domingo, 9 de setembro de 2012

Lava

Vivo em erupção
Minhas veias são fendas
Sou quase um vulcão
Meu sangue já virou lenda

Quando verbalizo
Seu tipo tsunami
Sempre radicalizo
Retomo o que era meu antes

Canalizo minha raiva
Transformo em energia
Ser sustentável é uma dadiva
Sou o destruidor de hipocrisia.
--

Nexo

Mesmo em desvantagem
Te alcancei na marra
Estou de passagem
Mas sempre com garra

Sei dos preceitos
São muitas regras
Mesmo sem jeito
O que importa é a entrega

Hoje em dia
Estamos plenos
Família & cia
É tudo que temos

--

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Súbito

Em desequilíbrio
Nesse mundo que tanto gira
Nunca estive num hospício
Centralizei você na minha mira

Há quem tenha vergonha
De despencar do salto
De acreditar na cegonha
Alçar vôos mais altos

Ainda sinto vertigem
Ainda vislumbro as origens
Sei que o chão é feito de terra
Hei de me encontrar sob ela.

--

domingo, 2 de setembro de 2012

Direta

Sangue nos olhos
Inverdade a vista
Estou de molho
Desvendo pistas

Te vejo mentindo
Olhe por onde anda
Porque você está sorrindo?
Vamos ver quem manda

No seu avesso
Por baixo dos panos
Eu não mereço
Seu desengano.

--

sábado, 1 de setembro de 2012

Recado

Você é daqueles
Que se acha esperto pra caramba
Vive infringindo as leis
E nunca compôs um samba

Eu sou do tipo
Que sei do meu potencial
Não tenho tantos grilos
Sei que sou mortal

Nós somos assim
Complementamos um ao outro
Parece que sim
Se mostre mais um pouco.

--

Admirar

Mana,

Desde pequenos
Nossos papéis se inverteram
Mesmo sendo mais velho
Eu falo isso sem medo

Você é meu exemplo
De foco e determinação
Lembro dos velhos tempos
E o que sinto é gratidão

Desejo que seu dia primeiro
Não seja como aqueles corriqueiros
Comemoremos ao longo de setembro
Porque agosto eu já nem me lembro

--

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Sobrescrever

Vem meu amor
Vamos escrever um poema
Sem bronca nem dor
Assim mesmo, sem tema

Não se preocupe com a rima
O importante é sair da rotina
Mesmo se ela for meio pobre
É melhor do que ser esnobe

Sabe meu bem
Nós e as palavras...
Nada mais além...
Poesia é coisa rara.
--

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Simples

Pensamentos sórdidos
Ainda não sujarei as mãos
Me sinto mórbido
Mesmo que seja em vão

Sempre na desvantagem
Nunca conto com a sorte
Quando eu fizer a tal passagem
É porque já terei dado o bote.

--

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Luz de réguas.

Passagem

Há quanto tempo não vejo saída?
Nesse túnel de possibilidades infinitas
Não é o caso de abrir um buraco no chão
Nunca fui de me esconder em vão
Em meio a esse ar poluído
Me faço de destemido
Cansei de esperar pela luz no final
Nessa travessia de lutas e coisa e tal.

--

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Consequência

Meu deus! Haja fé!
Porque tanta desvantagem?
Ta na cara que não vai dar pé
Enquanto houver sabotagem

Não que eu esteja incrédulo
Sei que há o outro lado
Essa luta já vem há séculos
Há tempos não durmo sossegado

Porém, não perco a esperança!
sempre levo pro lado lúdico
É natural pensar como criança
Pois você sempre será único.

--

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Invasão

Quero me teletransportar para dentro de você
Entender porque há tanto sentimento a mercê
Pesquisar a fundo os seus submundos
Não se espante pois estarei desnudo
Vou encontrar o seu infinito
Finalmente reflito
Não é fácil estar submisso
Me finjo de omisso
Conheço a dor na casa do amor
Sei que os sentidos se perdem no ardor
Vou ser meio impreciso
Para me manter bem longe do juízo.
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domingo, 12 de agosto de 2012

Subterfúgio

Lendo as entrelinha
Decifro o desgosto
Você está na minha
Nada é imposto

Mesmo tendo rotina
Desvio o que invoco
Nada por trás das cortinas
Calha o que é suposto

Agora estou na minha
Quero e estou a esmo
Não vou perder a linha
Vou sair desse marasmo

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sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Rapidinha

Perdi o sono
Nunca tive um trono
Não sou peso morto
Nunca me verá gordo
Elimino estorvos
Já tive dolo
Não levo desaforo
Tô sempre nervoso
Não gosto de molho
Exceto, o gozo.

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quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Vôo rasante

Toquei o céu
Senti sua textura
Tinha gosto de mel
Me lembrou sua ternura

Então resolvi descer...
As nuvens dificultavam minha visão
Procurava loucamente por você
Mas acabou sendo em vão...

Já bem perto do solo
Dei sorte e cai no seu colo!
Seu corpo totalmente molhado
Pela chuva do céu que eu tinha tocado.

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domingo, 29 de julho de 2012

Reciprocidade

Entre nós
Existe um forte elo
Na sua voz
Eu sinto esmero

Entre quatro Paredes
Nem sempre no escuro
É mais que um flerte
Quebramos o muro

Entre, fique a vontade
Não faça alarde
Você é bem-vinda
Uhm...Pintou um clima...

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terça-feira, 24 de julho de 2012

Acidente de percurso

Cuspi pro alto
Subi na laje
Desci do salto
Não fiz alarde

Fui pro boteco
Pedi uma genérica
Não uso mais jaleco
Deixei de lado toda ética

Encerro por aqui
Minha trajetória de sucesso
Agora tomo bacardi
E acumulo processos.
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terça-feira, 17 de julho de 2012

DNAlice II

Alice, Pequena,
Obrigado por existir!!
Viu como vale a pena
Ser o elo para nos unir

Agora que você esta aqui
Nesse mundo feio e bobo
Não vamos deixar a peteca cair
Vamos fazer guerra...De bolo!!

Porém, ouça com atenção:
Nunca perca a esperança
Seja 10% razão e 90 emoção!!
E não esqueça de ser criança.

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segunda-feira, 9 de julho de 2012

Expansão

A verdadeira história
Sobre o que há na minha memória
Não se trata de dias de gloria
Tampouco da minha vitória

O grande tormento
Dentro dos meus pensamentos
É me sentir sonolento
Em dias muito sangrentos

O que se passa de fato
Nesse grande hiato
É nunca ter imaginado
Que eu poderia ter fracassado.

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quinta-feira, 5 de julho de 2012

Nutro

Depois de todo esse movimento
Pra encontrar um caminho
Vamos sair desse tormento
E permanecer no ninho.

Foi deitado no seu colo
Olhando pra dentro de você
Vi que entre nós não há dolo
Ninguém ficará a mercê.

Você vive no meu peito
Bem acima do inverno
Deixei de lado meu preconceito
E em você, agora, hiberno.
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domingo, 1 de julho de 2012

Você

A cidade não tem céu.
Sua inconstância me deixa ao léu,

Não importa se tem gosto de mel,
Porque aqui, também sou réu.

Amarrado nesse cartel,
Faço parte dessa babel.

Embolado como carretel,
As ideias ficam no papel.

Desdenhando sempre do fel,
Eu sou mais um rafael.
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Olha

Há quem não tenha medo de nada.
Que diz por aí, que só fala na cara!
Que bate no peito
E se acha perfeito!
Porém,
Nunca se arriscou, verbalizou,
Assumiu que errou...
Se abriu,
Tampouco,
Amou.
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sábado, 30 de junho de 2012

Relativo

Sozinho no tempo aberto
Ele não passa, incerto.

Contigo no tempo fechado
Castigo vem sempre a cavalo

Nós em tempo de crise
Procuramos abrigo em baixo da marquise

Eles a tempo não sabem o que faço
Chegou a hora de mostrar o poder do meu traço.
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domingo, 17 de junho de 2012

Abstinência II

Saudade de quando...

Não tinha medo de errar
Era normal amarelar

Não cumpria compromissos
Não tinha medo dos vícios

Tocava campainha
Corria da vizinha

Paquerava as amigas
Não ligava pra barriga

Era franzino e imaturo
Não sabia o que era o mundo.

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segunda-feira, 21 de maio de 2012

Base

Com meus chinelos novos,
Pisei em ovos!
Quando Tirei o pé da lama,
Caminhei na corda bamba.

Chutei o balde,
Inchei o pé.
Chutei a resposta,
Pisei na bosta.

Em pé de guerra,
Enfiei o pé na jaca!
Ao pé da letra,
Dancei na mesa!
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sábado, 12 de maio de 2012

Ser principal

Mãe,
Obrigado por ter me escolhido
Apesar d'eu ser um estrupício.

Sabe,
Nunca te escondi meus vícios...
Já até me joguei dum precipício,
E, com meus irmãos, já fui meio omisso

Porém,
Já te mostrei que tenho princípios.
Não precisa se preocupar (tanto) comigo

Entenda!
Já sou bem crescido...
Fiz bons amigos...
Construí meu currículo!

Reconheço:
O seu incentivo.
Nos momentos decisivos,
Normais os seus "grilos"

Velha,
Se te fiz chorar com esse versículo
Foi pra te mostrar o quanto te admiro.

Obrigado!
Te amo,

Ass: Seu pupilo
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quinta-feira, 10 de maio de 2012

Abstinência

Saudade de ser feliz
Rabiscar com giz
Corrida de tampinha
Passar cerol na linha

Jogar bola de gude
Aqueles amigos eram um grude!
Colecionar figurinha
Jogar bafo na pracinha

Balançar em pé
Usar talco pro chulé
Andar de "baique"
Ter inveja dos "Nikes"

E walk-machine?
Só emprestado ou na vitrine
Entrar em casa era no máximo as dez
Ou então na ponta dos pés

E polícia e ladrão?
Hoje nem na TV, irmão
Pique-pega...
Descer no escorrega

Correr de bobeira...
Fazer castelo de areia
Tentar um mergulho
E ser um orgulho!

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quinta-feira, 26 de abril de 2012

Entre linhas

Hiato falho tempera maça do amor te recomeça suas palavras as terras férteis que surge reação conjunta o tabuleiro pra torta de alface do crime não compensa pequeno burguês ia voltar demais ou menos sãs e salvas toscamente descarada mente perturbada lado de fora oráculo tenSOS...

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domingo, 8 de abril de 2012

Trépido

Com um medo danado
De ser mal interpretado

Com um pouco de zelo
Pude ouvir seu apelo

Estive muito cansado
Desfazendo planos inacabados

Eu quis ficar na inércia
Recuperando a energia

Contando a história do meio pro fim
Entendo melhor o que sai de dentro de mim.
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quarta-feira, 14 de março de 2012

TIPO ASSIM

Eu,

Uso rima POBRE
Então não me cobre!!

Gosto da RICA
E não sei o que significa

Nunca fiz uma RARA
E você, encara?

E quanto a tal PRECIOSA...
Melhor voltar a escrever em prosa.

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quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Meta

Sinal de vida
O tempo é esnobe
Para quem tem sorte
Competência é a morte

Sinal dos tempos
Vida esnobe
Para quem tem competência
A sorte é a morte

Final da linha
Competência esnobe
Para quem está de partida
O sinal era a vida

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sábado, 11 de fevereiro de 2012

SEXTO SENTIDO

Eu, vinha
Pensando no pretérito imperfeito
Mas Cheguei a tempo
De dizer o que penso
Fazer novos planos
Ser mais claro e humano

Então achei melhor
Falar no presente
Que vem passando
Se não cumpri alguns planos
Me retratar e repetir,
Te amo!

Te estimular
Deixei de lado a rima
Para poder me expressar
Para poder te ninar
Voltei a rimar!
Você é meu lar

Arte para mim é isso
E o nosso convívio
Bem longe do precipício
Causa arrepio
É mais do que tudo
Fiquei mudo...

Coisa nenhuma!
Sem medo eu grito:
Eu amo te amar!
Adoro confiar!
Odeio rima pobre!
Vou ali tomar um porre!!
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domingo, 5 de fevereiro de 2012

Dueto

Água pode
Perda avulsa
Tanto balde
Pedra pula

Sinto pouco
Peço muito
Então descrevo
Esses insultos

Você versa
Gente rima
Nada melhor
Quanta rotina

Fim de ação
Pouco papo
Meu coração
Em pedaços
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terça-feira, 31 de janeiro de 2012

O humano devaneador e o humanoide vacilante

Momento oportuno
Notícia melhor do mundo!
Reconhecido por quem mais amo
Por dar valor ao ser humano!
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Mundano de ideias
Meus danos na inércia
Alma deslavada
Mente automatizada

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Ah! Sumo...
Não bato bem...
Luto pelas palavras!
Mortas e enterradas
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Meu instinto me provou
Que eu sempre estive errado
Então vou seguir a lógica
Para errar mais um bocado!
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segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

DNAlice

Agora é oficial
Alice vai pintar o sete
E coisa e tal!

Ser amada desde o ventre
É a sina dessa pequena
Alice! Abra a porta e entre!

Protetora de batismo
Do país das maravilhas
Que venha o alicismo!

Alice, Fê e Gael
Agora ela vem primeiro!
Assinado: Tio rafasguel

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sábado, 14 de janeiro de 2012

A conta e o troco

Depois de tantos gritos/
Na porta daquele hospício

Decidi calar/
Falei alto apenas pelo olhar

Fui para longe do oceano/
Tive receio de ser engano

Vi você lindo e forte/
não sabia que iria pro norte

Reiterei o que já sabia/
Não é o ventre que nos liga ao ente

Corte esse cordão sozinho/
É sempre bom sair um pouco do ninho

Nunca se sinta abandonado/
No desfecho ainda estarei do seu lado

Agora sei que você há de vencer/
Pra quem te fazia mal, é hora de padecer

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