Não quero ser visto
Como adônis
Por quem vê vultos
Ou avista ovnis
Sinto-me sideral
Cheio de inimigos
À deriva, em perigo
Dentro de uma nau
Íntimo do acaso
Estou extinto
Pelos percalços
Que pressinto
Contra os impropérios
Relações que nunca tive
Sórdidos impérios
Hoje sou detetive
Da minha história
Em nome do ouro
Por uma minoria
Estou num sumidouro
Preciso elucidar
Meus pensamentos
Observar o mar
Relevar os tormentos
Meu dia a dia
Parece óbvio
Ancorado na praia
Tenho meus extravios
Sou feito de carne
E de ambição
Às vezes dou pane
Tenho coração
--
Nenhum comentário:
Postar um comentário