sábado, 14 de março de 2015

Tempestade de palavras calmas

O vento me soprou natureza.
Confiei minha densidade a uma floresta. 
Uma poeira me disse que já foi montanha.
Injetei lágrimas numa nuvem para chover emoção. 
O céu me convidou para ser límpido.
Uma galáxia está contida no meu ínfimo.
Olhei para frente e vi meu avesso.
Senti o cheio da lucidez na pele de uma flor. 
Mergulhei numa gota e conheci a imensidão. 
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