Meu inóspito infinito
Caminha lento e vazio
Vivo num universo paralelo
Famigerado e aflito
Tomado por um arrebatador tédio
Estou realmente distante
Do meu particular submundo
Torpe, volátil e singelo
Como as contradições dos assuntos
De natureza irrelevante
Preciso constantemente mentir
Para as perversões incalculáveis
Ou para os sorrisos amarelos
E suas atitudes instáveis
Que espalham seus venenos como se fossem um elixir
Disfarçando os defeitos
Pela astúcia da cognição
Confundindo o cerebelo
Transformando em algo nefasto
Não sou máquina, não tenho ignição
Estímulo-me com o que purifica
Meu maior alimento é a luz
Sou de dar valor pro que é belo
Nem tudo de fato se traduz
Tampouco se retifica
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