domingo, 29 de setembro de 2013

Ler é solidão
Mas preciso 
De luz 
E do sopro 

Perco a noção
Do que é nocivo
Meu mundo se reduz 
Ao livro

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terça-feira, 17 de setembro de 2013

Cinzas

De olhos entreabertos 
Mergulhamos na complexidade 
Dos espelhos convexos 
Espalhados pela cidade 
 
Estamos imunes ao veneno
Mas somos presas fáceis 
Tal como meninos
Corrompidos pelos disfarces 

Quase ninguém tem alma
Trata-se de um privilégio 
Dos corpos em chama
Que não deixam vestígios 

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domingo, 8 de setembro de 2013

Acordo poético 
Às vezes etílico
Junto o corpo e o espírito 
Com mérito 

Tiro proveito
Do dia e da noite
Até meu leito
De morte

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domingo, 1 de setembro de 2013

Sanguessuga

Não atiro pedras
Em qualquer teto
Ja fui de penetra
Fiquei atento

Me censuro
Pra não lembrar do ouro 
Levado pelos piratas 
Que desviaram as rotas

Se não conhecesse o caráter
Daquela corja
Não iria me ater
Ao poder das esponjas

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