sábado, 31 de agosto de 2013
Chave de tolo
Essa semana
Tive uns baques
Por conta de grana
Sofri ataques
Nada exótico
Nem brilhante
Faz parte do histórico
Memória de elefante
Posso me acalmar
Com o clichê de ver o mar
Semana que vem
Tudo será ontem
--
sábado, 24 de agosto de 2013
Se seguisse mais
Minha intuição
Reconheceria almas
Em plena ação
Não suporto
Ser ambíguo
Ou estar perto
De inimigos
Sob os escombros
Da minha carne magra
Não lembro
Das regras
--
sexta-feira, 23 de agosto de 2013
?
Como faço
Pra de fato saber
Quem sou no espaço
Ou se tenho sabor
Pra ser poeta
E não existir
Enquanto desenho setas
E bebo o elixir
Que me priva
Da repetitiva prosa
E me deixa à deriva
Das enumeras proezas
--
quarta-feira, 21 de agosto de 2013
Camelo
Reles lascivo
Imortal sem túmulo
Hoje passivo
Ontem era o cúmulo
Deserdado no deserto
Acompanho as miragens
Quando lembro do horto
Nessa terra virgem
Cativeiro sem grades
Ingênuo no tumulto
Mesmo que tudo degrade
Não quero ver vultos
--
segunda-feira, 19 de agosto de 2013
Aresta
Num pedaço de chance
Adiciono desejo
Aumento a performance
Enquanto reajo
Todo dia é perfeito
Por trás da tempestade
Mesmo afoito
Por uma atitude
Quero ser digno
De belas derrotas
Inerentes ao signo
Ou simples linhas retas
--
sábado, 17 de agosto de 2013
Demora
Voltar ao passado
Deixar de lado a ira
Enquanto é cedo
Ultimamente
Tenho me visto
Com a cabeça em Marte
Já tinha previsto
Que vagar é
Verborragia
Ou loucura sem pé
E sem guia
--
quinta-feira, 15 de agosto de 2013
Calvário ao som do pêndulo
Enquanto você rema
Naturalmente rimo
Com duas sílabas
A dor acaba
Haja valor
Na falta de pudor
Flutuo sobre serpentes
Sou discrepante
Num piscar de olhos
Eu não me reconheço
Como andarilhos
Sem berço
Cansado de mim mesmo
Vou pro cosmo
Me finjo de estrela
Flerto com ela
Claro que é frio
É a sina do poeta
Tempestade de raios
Alma inquieta
Mesmo no silêncio
Promovo um incêndio
E por mais que eu lute
Em seguida há o blackout
Diluem-se parcerias
Que pareciam sérias
Estou dopado
Sem valor fui esculpido
Pelas notas
Entrei pelas cotas
Ainda criança
Conheci a desgraça
Contundente
Quem criou a ponte?
Entre a falcatrua
Que claramente destoa
Íntimo do sádico
Viciado no lúdico
Sem direção
Nem tudo é ereção
Persisto nos símbolos
Coleciono farsas
Calvário ao som do pêndulo
Em ilusões diversas
--
segunda-feira, 12 de agosto de 2013
8
Mudo os gestos
Não quero ser injusto
Com o holocausto
De agosto.
--
sexta-feira, 9 de agosto de 2013
Porta-retratos
Meu maior desejo
Diante de ofertas escassas
Pode ser um simples lampejo
Sobre gente insossa
Não é do meu feitio
Perder a confiança
Na luxúria ou cio
Desde criança
Quero esclarecer logo
Quem sou de fato
E nem ligo
Se não aparecer na foto
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