Adeus aos intempéries
Daquela antiga terra fértil
De sorrisos com cáries
Onde quem dominava era réptil
Famoso era o mercenário
Com sua plumagem de pavão
Antes tivesse saído do armário
A se travestir de irmão
Longe de ser um mecenas
Com as asas abertas
Interligadas por antenas
E enumeras portas
Não adianta mudar o passado
Se deixar levar pelo vento
O que importa é um novo traçado
Independente do consenso
Ideias ficaram nas nuvens
Como arquivos de gelo e raios
Não quero mais ser alguém
Como um ator nos ensaios
Estações não tão bem definidas
Como passagens só de ida
Porém, toda tempestade passa
Mesmo as de copo d'água
Ontem tive uma catarse
Olhando pro Deus amarelo
Sempre fazendo lindas poses
Com semblante singelo
Percebendo que somos a fonte
Como aquela, da juventude
Temos nosso lado infante
Somos os soldados, rudes
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