O mundo pra mim hoje está mais claro do que nunca, e muito mais complexo. Está muito vivo na minha memória a guerra entre os Comandos em Ação e os Cobras no quintal lá de casa. O bem continuou a triunfar sobre o mal nos happy end de Hollywood, recorrendo a super hérois ou não. Mas vieram os filmes de conspiração onde entidades do bem na verdade eram muito más. Desde então fiquei com a pulga atrás da orelha. Os filmes “cult” e as músicas hippies (Caetano, Chico, Dylan, Stones...) do meu pai me distraiam do destino de consciência padrão.
Na escola, a História me fascinava. Talvez por me criar mais dúvidas do que certezas. Afinal, como é possível saber do que ocorreu antes de existir a escrita ou o gravador? Não existe regra de três para provar o que estava escrito... Na verdade a escola é que se limitava aí. Geografia foi um prefácio para o meu interesse por geopolítica.
Serviço secreto de inteligência dos governos e agências de comunicação conspiram em favor de corporações em troca de dinheiro e poder, corrompendo e chantageando políticos e lideranças. Os investidores financiam empresas para obter lucro, explorando trabalhadores e assimilando a concorrência. É preciso muita atenção. Os inimigos se camuflam e seus espiões lhe dão bom dia, e quem sabe, boa noite.
A população vive com medo em suas prisões particulares. As crianças aprendem a violência e a sexualidade cada vez mais cedo. Os adolescentes procuram entretenimento e drogas baratas para não encarar o desafio no jogo da vida. Os mais velhos vivem com medo da violência, do desemprego, por si e pelos seus.
Somos todos consumidores e mão de obra barata quando podemos ser (pelo menos) cidadãos. As informações estão por aí. É preciso paciência para não pescar uma bota ou um pneu furado nesse mar poluído. Aprendi que com as impurezas a ostra produz uma pérola.
O tempo vai passando, a escola acaba e agora não é mais sua mãe quem te sustenta. Ontem tinha uma família pra cuidar de você. Hoje você tem uma família pra cuidar. A vida é doce, mas não é mole, como a rapadura.
sexta-feira, 30 de novembro de 2012
quinta-feira, 29 de novembro de 2012
terça-feira, 27 de novembro de 2012
domingo, 25 de novembro de 2012
Nova bossa de fatos
Saudade de um grande amigo
Um ombro se preparando pros pinos
Uma luta de rounds infinitos
Alguns laços rompidos
Um trabalho não concluído
Não sei cantar algumas partes do hino
Uma cobra no caminho
As vezes sou tratado como menino
Comendo patinho moído
Sem medo de ser corrompido
Não tenho mais o nariz entupido
Sempre sendo instintivo
--
Um ombro se preparando pros pinos
Uma luta de rounds infinitos
Alguns laços rompidos
Um trabalho não concluído
Não sei cantar algumas partes do hino
Uma cobra no caminho
As vezes sou tratado como menino
Comendo patinho moído
Sem medo de ser corrompido
Não tenho mais o nariz entupido
Sempre sendo instintivo
--
sábado, 24 de novembro de 2012
quarta-feira, 21 de novembro de 2012
Instante
Contenho minha indignação
Por um revelador instante
Para seguir adiante
E me lotar de emoção
Observo esse momento
Absorvo novos elementos
Suspiro, reflito e sigo
Dentro do que investigo
Meu poder realiza-se ilimitado
E posso tornar todo o tempo
Num espaço delicado
Então finalmente me concentro
Não estou mais a mercê
Já sei o que posso antever
Restabeleço as conecções
Me preparo para reabrir os portões
Vejo que existem janelas
Algumas infelizmente decrépitas
Olha para uma vista singela
Vejo pessoas adeptas
Percebo que não estou só
Surgem os laços
Desfazem-se os nós
Conquistamos novos passos
A beleza da alma se subverte
O corpo enriquece
Ocupamos o mesmo lugar no espaço
Somos feitos de aço
Agora indestrutíveis
Como alimentos não perecíveis
Estamos no centro do planeta
Não aceitamos gorjeta
Calibramos os punhos
Finalizamos os rascunhos
Construímos obras de arte
Sem fazer muito alarde
Estamos imunes
Melhores do que nunca
Nada mais nos ilude
Acabou a bagunça
--
Por um revelador instante
Para seguir adiante
E me lotar de emoção
Observo esse momento
Absorvo novos elementos
Suspiro, reflito e sigo
Dentro do que investigo
Meu poder realiza-se ilimitado
E posso tornar todo o tempo
Num espaço delicado
Então finalmente me concentro
Não estou mais a mercê
Já sei o que posso antever
Restabeleço as conecções
Me preparo para reabrir os portões
Vejo que existem janelas
Algumas infelizmente decrépitas
Olha para uma vista singela
Vejo pessoas adeptas
Percebo que não estou só
Surgem os laços
Desfazem-se os nós
Conquistamos novos passos
A beleza da alma se subverte
O corpo enriquece
Ocupamos o mesmo lugar no espaço
Somos feitos de aço
Agora indestrutíveis
Como alimentos não perecíveis
Estamos no centro do planeta
Não aceitamos gorjeta
Calibramos os punhos
Finalizamos os rascunhos
Construímos obras de arte
Sem fazer muito alarde
Estamos imunes
Melhores do que nunca
Nada mais nos ilude
Acabou a bagunça
--
terça-feira, 20 de novembro de 2012
quinta-feira, 15 de novembro de 2012
O golpe da gota estrondosa
Quando as águas
Retrocederem
Minha magoa
Irá pro além
Tanta ressalva
Vidas prosperas
Prometo manter a calma
E até ouvir ópera
Desenganado
Com os pontos de vista
Tentem alerta-los
Deixando pistas
Um passo atrás
Em busca de sossego
Prometo nunca mais
Me fazer de cego.
--
Retrocederem
Minha magoa
Irá pro além
Tanta ressalva
Vidas prosperas
Prometo manter a calma
E até ouvir ópera
Desenganado
Com os pontos de vista
Tentem alerta-los
Deixando pistas
Um passo atrás
Em busca de sossego
Prometo nunca mais
Me fazer de cego.
--
2km de ideias
Corro
Oxigeno a mente
Adorno o corpo
Fujo das serpentes
Acelero
Penso no que quero
Quebro barreiras
Não curto esteira
Transpiro
Abro os poros
Saio da inércia
Com novas ideias.
--
Oxigeno a mente
Adorno o corpo
Fujo das serpentes
Acelero
Penso no que quero
Quebro barreiras
Não curto esteira
Transpiro
Abro os poros
Saio da inércia
Com novas ideias.
--
terça-feira, 13 de novembro de 2012
sábado, 10 de novembro de 2012
sexta-feira, 9 de novembro de 2012
Haicais
Haicai rafa [1]
Se a persuasão não funciona,
A vida vira uma zona.
-
Haicai rafa [2]
Camaleônico,
Me mantenho irônico.
--
Haicai rafa [10]
Surpreenda o deselegante,
Com memória de elefante.
-
Haicai rafa [6]
Se há fendas,
Nas pedras,
Há perdas.
--
Haicai rafa [3]
Sem aura,
Nem o espírito salva.
--
Haicai rafa [4]
Quem casa com patrão,
Tem mais respeito que irmão.
--
Haicai rafa [5]
Alienou o filho,
E ajoelhou no milho.
--
Haicai rafa [7]
Pintou o sete,
Mestre.
--
Haicai rafa [8]
Sem motivos,
Sentimentos nocivos.
--
Haicai rafa [9]
O capitalismo,
É um abalo sísmico.
--
Se a persuasão não funciona,
A vida vira uma zona.
-
Haicai rafa [2]
Camaleônico,
Me mantenho irônico.
--
Haicai rafa [10]
Surpreenda o deselegante,
Com memória de elefante.
-
Haicai rafa [6]
Se há fendas,
Nas pedras,
Há perdas.
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Haicai rafa [3]
Sem aura,
Nem o espírito salva.
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Haicai rafa [4]
Quem casa com patrão,
Tem mais respeito que irmão.
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Haicai rafa [5]
Alienou o filho,
E ajoelhou no milho.
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Haicai rafa [7]
Pintou o sete,
Mestre.
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Haicai rafa [8]
Sem motivos,
Sentimentos nocivos.
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Haicai rafa [9]
O capitalismo,
É um abalo sísmico.
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quarta-feira, 7 de novembro de 2012
terça-feira, 6 de novembro de 2012
sábado, 3 de novembro de 2012
Repartição
Pensar que pobreza é incompetência é uma das maiores características do capitalismo.
Muito pertinente para um sistema que valoriza as disputas desonestas e as especulações que somente favorecem a centralização do poder.
Crises sucessivas são a prova de que esse sistema há um bom tempo já perdeu a mão, até porque (com o perdão do trocadilho) nunca teve tato.
Sou pró a informalidade e a autonomia. Sei bem a diferença de emprego e trabalho, mas isso é outro assunto.
A expressão "socializar" sempre me atraiu. Dispensa explicações.
Sempre que me peguei tendo mais do que precisava, vi que estava sendo coagido por um sistema que me "obriga" a ter muito, valorizar pouco e continuar infeliz em busca de sei lá o que.
Tenho mais (bem mais) de dez pares de tênis, dois pés e uma consciência pesada.
Não, não vou fazer voto de pobreza. Só estou atento. Me livrando dessa camada grossa de futilidades inúteis.
Eu sempre fui socialista. E sempre vou ser.
--
Muito pertinente para um sistema que valoriza as disputas desonestas e as especulações que somente favorecem a centralização do poder.
Crises sucessivas são a prova de que esse sistema há um bom tempo já perdeu a mão, até porque (com o perdão do trocadilho) nunca teve tato.
Sou pró a informalidade e a autonomia. Sei bem a diferença de emprego e trabalho, mas isso é outro assunto.
A expressão "socializar" sempre me atraiu. Dispensa explicações.
Sempre que me peguei tendo mais do que precisava, vi que estava sendo coagido por um sistema que me "obriga" a ter muito, valorizar pouco e continuar infeliz em busca de sei lá o que.
Tenho mais (bem mais) de dez pares de tênis, dois pés e uma consciência pesada.
Não, não vou fazer voto de pobreza. Só estou atento. Me livrando dessa camada grossa de futilidades inúteis.
Eu sempre fui socialista. E sempre vou ser.
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