quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Sobrescrever

Vem meu amor
Vamos escrever um poema
Sem bronca nem dor
Assim mesmo, sem tema

Não se preocupe com a rima
O importante é sair da rotina
Mesmo se ela for meio pobre
É melhor do que ser esnobe

Sabe meu bem
Nós e as palavras...
Nada mais além...
Poesia é coisa rara.
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sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Simples

Pensamentos sórdidos
Ainda não sujarei as mãos
Me sinto mórbido
Mesmo que seja em vão

Sempre na desvantagem
Nunca conto com a sorte
Quando eu fizer a tal passagem
É porque já terei dado o bote.

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quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Luz de réguas.

Passagem

Há quanto tempo não vejo saída?
Nesse túnel de possibilidades infinitas
Não é o caso de abrir um buraco no chão
Nunca fui de me esconder em vão
Em meio a esse ar poluído
Me faço de destemido
Cansei de esperar pela luz no final
Nessa travessia de lutas e coisa e tal.

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terça-feira, 14 de agosto de 2012

Consequência

Meu deus! Haja fé!
Porque tanta desvantagem?
Ta na cara que não vai dar pé
Enquanto houver sabotagem

Não que eu esteja incrédulo
Sei que há o outro lado
Essa luta já vem há séculos
Há tempos não durmo sossegado

Porém, não perco a esperança!
sempre levo pro lado lúdico
É natural pensar como criança
Pois você sempre será único.

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segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Invasão

Quero me teletransportar para dentro de você
Entender porque há tanto sentimento a mercê
Pesquisar a fundo os seus submundos
Não se espante pois estarei desnudo
Vou encontrar o seu infinito
Finalmente reflito
Não é fácil estar submisso
Me finjo de omisso
Conheço a dor na casa do amor
Sei que os sentidos se perdem no ardor
Vou ser meio impreciso
Para me manter bem longe do juízo.
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domingo, 12 de agosto de 2012

Subterfúgio

Lendo as entrelinha
Decifro o desgosto
Você está na minha
Nada é imposto

Mesmo tendo rotina
Desvio o que invoco
Nada por trás das cortinas
Calha o que é suposto

Agora estou na minha
Quero e estou a esmo
Não vou perder a linha
Vou sair desse marasmo

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sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Rapidinha

Perdi o sono
Nunca tive um trono
Não sou peso morto
Nunca me verá gordo
Elimino estorvos
Já tive dolo
Não levo desaforo
Tô sempre nervoso
Não gosto de molho
Exceto, o gozo.

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quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Vôo rasante

Toquei o céu
Senti sua textura
Tinha gosto de mel
Me lembrou sua ternura

Então resolvi descer...
As nuvens dificultavam minha visão
Procurava loucamente por você
Mas acabou sendo em vão...

Já bem perto do solo
Dei sorte e cai no seu colo!
Seu corpo totalmente molhado
Pela chuva do céu que eu tinha tocado.

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