Sempre fui um namorador nato. Apesar de minha fama de mulherengo (que não é nada mal) passei os últimos 10 anos da minha vida casados.
Claro que é importante ressaltar nesse humilde desabafo que não tive o prazer ou desprazer de estar todos esses anos com a mesma mulher, sendo então todo esse tempo dividido por igual e dedicado “praticamente” a quatro mulheres.
Confesso que cada uma delas teve um Rafael distinto, e algumas talvez mais de um tipo de mim durante o tempo que estive junto. Nunca sou o mesmo, tenho uma habilidade incrível de me transformar, de ser o que a pessoa deseja apenas para agradá-la, talvez...
No entanto, durante esse período, a algo importante de se ressaltar: eu evoluo. Não que eu tenha chegado ao ápice, longe disso, mas percebo que cada uma delas teve um Rafael (odeio falar na 3ª pessoal) melhor que o anterior e assim por diante. Isso sem dúvida me anima!
Apesar de todos ‘eles’ terem terminado, procuro sempre lembra só das coisas boas, porque, ao contrário do que dizem por ai, ficar pensando no que foi ruim não ajuda em nada. Só que nada é tão simples, e pensar nas frustrações são inevitáveis.
Estou um pouco desacreditado a respeito dos relacionamentos chamados “sérios”.
Não entendo porque as pessoas insistem no fato de que um relacionamento com uma criatura que dizemos que amamos, nos da o direito de nos descuidar, de relaxar, ser desonesto, fazer grosserias inoportunas, etc. Eu me incluo nesse grupo...
Tenho desabafado em conversas de botequim, e lá, o que meus fies escudeiros mais ouvem é que não quero mais namorar e que de fato não sou bom nisso. Depois de alguns drinks, desando a dizer que vou ficar sozinho, que não preciso de ninguém, que to melhor assim... Não é bem assim. Sinto falta de alguém por perto, acho que sou viciado em pequenas guerras. Fico só, meio vazio.
Sou mais feliz quando tenho alguém, dúvida, medo, insegurança e até dor.
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